bruxaria-africana

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A bruxaria é um termo muito famoso e utilizado no mundo da cultura pop. Mas você sabe da onde surgiu e o que é a bruxaria africana? Pois bruxaria no dicionário Michaelis significa um conjunto de práticas que, segundo a crendice popular, permitem à bruxa ou ao bruxo usar de poderes sobrenaturais de modo a prever o futuro e atuar negativamente sobre a vida de uma pessoa, causando-lhe danos ou malefícios ou, até mesmo, levando-a à morte. Porém existem três pontos de partida para entender o que é a bruxaria e finalmente poder desvencilhar qualquer tipo preconceito contra essa prática. O primeiro ponto traz à ideia antropológica e nos mostra que a bruxaria é sinônimo de feitiçaria, o segundo é o histórico que através de documentos escritos conecta a prática de bruxaria com o culto ao diabo da religião cristiana e o terceiro ponto é o da bruxaria moderna que defende a bruxaria como uma forma de religião e é desse ponto de partida que podemos entender o que seria a bruxaria africana de origem ancestral e que tem mais haver com o culto a um deus.

Uma breve história da bruxaria africana

O vodu é um tipo de religião produto de uma fusão de outras religiões de origem africanas e o catolicismo, praticada no Haiti o Vodu ganhou notória repercussão mundial no início do século XX com a inserção do gênero de filmes de terror zumbis aonde as pessoas depois de um encantamento se transformavam em monstros. Ainda que por ter características de outras crenças, como por exemplo o catolicismo, a base de toda a crença tradicional e dos seus rituais se encontram na área da atual Benim, na África, e a nomenclatura desse tipo de expressão cultural e religiosa vem do próprio deus Vodun, cultuado pelo povo Iorubá da África Ocidental.

Quais são as práticas do Vodu?

voodoo

Em umas das práticas no Vodu, é venerado um deus supremo que no mundo, tem várias maneiras de ser reconhecido. No Haiti por exemplo, ele é chamado de Bondyé que na língua crioula significa “um deus bom”. Nas práticas do Voduísmo os adeptos se conectam com outros tipos de espíritos já que Bondyé é considerado imensamente poderoso e dessa forma nos rituais os espíritos que são utilizados nessa comunicação entre homem e ser supremo são caracterizados por loa ou Iwa. Os tambores nas celebrações e ritos são essenciais, porque é através da música e do ritmo com poderosas interrupções rítmicas conhecidas como casses é o que leva os dançarinos a um estado de transe para poder estar aberto a receber esses espíritos que são utilizados para entrar em contato com o deus supremo.

O Vodu Africano

Os fundamentos da prática do Voduísmo na África Ocidental não diferem muito dos que são praticados no Haiti e em outras partes do mundo. Os fundamentos do Vodu na África são centrados em torno dos espíritos voduns e de outros aspectos da divindade que governam a terra, tudo isso baseado em uma hierarquia que muda de acordo com as divindades mais importantes, que permitem que ocorram a vida na natureza e na sociedade do homem. Os voduns seriam como os anjos e santos fazendo uma analogia com o catolicismo e servem segundo a religião para poder fazer essa conexão entre homem e Mawu que nessa região é conhecido como o deus supremo, uma curiosidade é que ele é um deus andrógino que segundo a tradição gerou sete filhos e que cada um possuía o domínio sobre um aspecto da natureza.

A bruxaria africana na atualidade

Na atualidade com o avanço da internet e dos meios de comunicação é possível estudar e entender como funciona o mundo inteiro sem ter que sair do conforto da sua casa. Mas isso também trouxe a nossa sociedade um excesso de informação que muitas das vezes não possui uma fonte confiável ou que simplesmente servem como desfavor para práticas religiosas como as de matrizes africanas, por exemplo, ou até mesmo para as religiões mais famosas como o cristianismo e o islamismo. Por isso, atualmente, existe uma dicotomia entre o bem e o mal que fui imbuído a prática do Vodu e dessa forma segundo o senso comum, a prática de bruxaria ou Vodu é uma forma de praticar ou desejar o mal, o que na realidade não acontece na realidade. O que nos leva a pensar outra vez no período da inquisição na Europa, aonde queimavam vivas mulheres que eram consideradas bruxas pela ignorância das pessoas daquele momento.